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ederal
(%
do
PIB) - 1997
a
2012
Observação:
exclui capitalização da Petrobras em 2010.
Além disso, o Governo Federal não conseguiu realizar, mesmo que de ma-
neira simples, a aplicação de uma política anticíclica pelo lado do gasto, uma vez
que o aumento dos gastos, mesmo em tempos de crise, se deu em cima de gas-
tos permanentes, o que só fez aumentar o peso do Estado na economia. O maior
agravante no que tange à Política Fiscal foram as manobras contábeis (também
denominadas “contabilidade criativa”) para aumentar o chamado “superávit primá-
rio”, que é a economia feita para pagar juros da dívida pública e tentar manter sua
trajetória de queda apresentada em 2012, minando ainda mais a credibilidade do
país na condução da política econômica.
No que se refere à Política Monetária, o Banco Central manteve a estraté-
gia, iniciada em agosto de 2011, de reduções na taxa Selic em praticamente todas
as reuniões do COPOM, sem preocupação com o recrudescimento da inflação,
encerrando 2012 com uma taxa de 7,25% ao ano.
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
19,00%
18,00%
17,00%
16,00%
15,00%
13,00%
14,00%
14,01%
15,72%
16,96%
17,44%
18,24%