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Ficou evidenciada, ainda, a não compatibilização entre projetos arquitetônicos e
projetos complementares, muitas vezes como resultado da não participação da
SESA no processo de análise e desenvolvimento dos mesmos.
Destaque-se o prazo exíguo para a realização dos projetos, dado o porte e
a complexidade das construções. Também não houve aprovação prévia dos projetos
contratados nos órgãos responsáveis (Corpo de Bombeiros, Copel, Sanepar,
Vigilância Sanitária e Instituto Ambiental do Paraná).
Os fatos apontados ocasionaram alterações de projetos e serviços durante a
execução das obras, cuja consequência culminou na celebração de termos aditivos
e prorrogações de prazos. Em alguns casos, o valor final de construção sofreu
majoração significativa se comparado ao valor contratado, a exemplo da obra do
Hospital Regional de Ponta Grossa, na qual ao valor contratual inicialmente previsto
foi acrescido recurso de aproximadamente 67%, mediante aditivos contratuais e
contratos extras. O referido hospital foi inaugurado em 31/03/2010, sem conclusão
da obra.
3. Situação dos Hospitais em 2010
Durante o período de 18/04/2011 a 02/05/2011 foram realizadas vistorias in
loco nos hospitais selecionados, a fim de constatar a existência ou não de
alterações nas contratações de recursos humanos, aquisição de equipamentos e
operacionalização dos hospitais. O objetivo principal consistiu em diagnosticar a real
situação das unidades de saúde e se as mesmas estariam cumprindo sua
finalidade.