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tos permanentes, o que só fez aumentar o peso do Estado na economia. O maior
agravante no que tange à Política Fiscal foram as manobras contábeis (também
denominadas “contabilidade criativa”) para aumentar o chamado “superávit primá-
rio”, que é a economia feita para pagar juros da dívida pública e tentar manter sua
trajetória de queda apresentada em 2012, minando ainda mais a credibilidade do
país na condução da política econômica.
No que se refere à Política Monetária, o Banco Central manteve a estraté-
gia, iniciada em agosto de 2011, de reduções na taxa Selic em praticamente todas
as reuniões do COPOM, sem preocupação com o recrudescimento da inflação,
encerrando 2012 com uma taxa de 7,25% ao ano.
2. A ECONOMIA PARANAENSE EM 2012
Em decorrência dos equívocos na condução da política macroeconômica
por parte do Governo Federal e de fatores climáticos, a Economia Paranaense cres-
ceu 0,9% em 2012, contra 4% em 2011, apresentando desempenho semelhante ao
calculado pelo IBGE para a economia nacional, que em 2011 havia crescido 2,7%.
Entre as principais causas que contribuíram para este resultado foram a significati-
va estiagem do primeiro semestre e o fraco desempenho da indústria.
2.1 A Participação Setorial
Em termos de composição do PIB paranaense sempre houve uma percep-
ção por parte da população de que o crescimento da economia do Paraná dependia
de forma bastante expressiva do comportamento apresentado pelo Setor agrope-
cuário. Cabe registrar, entretanto, conforme apresentado na Figura 2, que este setor
representa em torno de 8% do PIB estadual. O Setor industrial tem uma participação
em torno de 28%, ficando o Setor de comércio e serviços com a participação mais
representativa, em torno de 64%.