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124. Verificou-se, também, que o Paraná esteve, em 2011, entre os três primeiros
estados da amostra com maior número de leitos por 1.000 hab. (3ª posição),
apresentando um indicador acima da média nacional (3,09 leitos/1.000 hab.
contra uma média nacional de 2,72 leitos/1.000 hab.). E também ocupou a 3ª
posição em número de estabelecimentos de saúde.
125. Em 2009, o Paraná apresentou a 4ª posição, entre os estados da amostra, em
número de médicos por 1.000 hab. (2,0 médicos/1.000 hab.) contra uma média
nacional de 1,81 médicos/1.000 hab. e similar ao número apresentado pelo
Japão (2,1 médicos/1.000 hab.), mas inferior ao indicador apresentado pelos
estados do Rio de Janeiro (2,71 médicos/1.000 hab.); São Paulo (2,52 médi-
cos/1.000 hab.) e Rio Grande do Sul (2,31 médicos/1.000 hab.).
126. Entretanto, o desempenho do estado na saúde não foi bom em alguns aspectos:
• Em 2010 apresentou um coeficiente de mortalidade infantil similar ao de
Pernambuco e superior ao apresentado pelos demais estados do sul;
• No período 2007/2011, apesar dos estados do nordeste eMinas Gerais terem
apresentado os maiores números de crianças desnutridas, o Paraná apre-
sentou o maior número de crianças desnutridas entre os estados do sul;
• Em 2008, apesar do maior número de municípios com ocorrência de
doenças associadas à ausência de saneamento básico se encontrar nos
estados do nordeste e em Minas Gerais, o Paraná foi aquele entre os es-
tados do sul que apresentou o maior número de municípios com ocor-
rência dessas doenças (77 municípios), sendo as principais ocorrências:
diarreia (53 municípios); verminoses (36 municípios); dengue (34 muni-
cípios) e hepatite (26 municípios);
• Apesar da esperança de vida ao nascer do paranaense ter aumentado
no período 2005/2009, o Paraná apresenta a menor expectativa de vida
entre os estados do sul;
• Em 2008, o Paraná ocupou a 5ª posição em gastos com saúde como
proporção do PIB (2,80% do PIB), entre os estados da amostra, ficando
abaixo dos estados do Ceará (5,40% do PIB); Pernambuco (5,27% do
PIB); Bahia (4,28% do PIB); Minas Gerais (3,13% do PIB), e, também, da
média nacional (3,60% do PIB).
127. Pelas razões acima, entende-se que o poder público deve direcionar mais
atenção e recursos para a Saúde no Paraná de forma a que o estado alcance
um melhor desempenho nos próximos anos.
128. Com relação à Segurança, a situação é mais delicada ainda, uma vez que o de-
sempenho do estado, medido pelos indicadores eleitos, não revelou nenhum
aspecto positivo:
• O estado do Paraná se encontra entre os estados da amostra commaior
incidência de crimes letais intencionais por 100 mil habitantes em 2010
(homicídio doloso; latrocínio e lesão corporal seguida de morte) e maior
crescimento nesses crimes no período 2009/2010;
• Apesar do crescimento da incidência desses crimes no período
2009/2010, o número de presos e de vagas no sistema penitenciário
diminuiu no período;
• A despesa na Função Segurança Pública como proporção da despesa
total se manteve inalterada no estado, no período 2006/2010, girando
em torno de 6% da despesa total, com o estado gastando proporcional-
mente menos na Segurança Pública do que os demais estados do sul:
Rio Grande do Sul (7,5% da Despesa Total) e Santa Catarina (10,9% da
Despesa Total);
• A despesa
per capita
na Função Segurança Pública do estado, em 2010
(R$ 133,95), só foi superior entre os estados da amostra, à do Estado do
Ceará (R$ 113,33).