Page 30-31 - 05-Indicadores Sociais

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tendo esse aumento sido maior nas regiões metropolitanas de Salvador, Curi-
tiba e Rio de Janeiro.
27. O estado do Paraná, entre os estados da amostra, apresentou a 5ª posição em
termos de rendimento nominal médio domiciliar, em 2010, ficando abaixo de
Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
28. Os estados do sul apresentam renda menos concentrada que os demais estados
da amostra e entre 2003/2009 houve redução na desigualdade na distribuição da
renda domiciliar per capita em todos os estados considerados. O Paraná está en-
tre os estados que apresentarammaior redução na desigualdade nesse período.
29. Da mesma forma, a distância entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres
caiu em todos os estados no período 2003/2009. Similarmente, o estado do
Paraná está entre os estados em que ocorreu a maior redução na distância
entre ricos e pobres.
30. Entre os estados da amostra, pode-se afirmar, então, que o estado do Pa-
raná foi um dos mais beneficiados no período considerado em termos de
aumento de emprego, de renda e de redução na desigualdade, a despeito
da piora na qualidade do emprego criado, uma vez que aumentou o empre-
go sem carteira assinada.
III Condições de Moradia
31. Embora os números do Censo Demográfico (2010) indiquem uma proporção
elevada (entre 70% e 79%) de domicílios ocupados pelos próprios proprietá-
rios nos estados da amostra (Quadro 09), sabe-se que o déficit habitacional no
Brasil é grande uma vez que é uma prática comum nas famílias mais pobres,
pais e filhos casados coabitarem sob o mesmo teto.
QUADRO 09 – DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES, POR CONDIÇÃO DE OCUPAÇÃO
– BRASIL E ESTADOS DA AMOSTRA – 2010
Brasil e Estados da
Amostra
Domicílios particulares permanentes
Total
(1)(2)
Condição de ocupação do domicílio
Próprio
Alugado
Cedido
Outra
Brasil
100,0
73,3
18,3
7,8
0,6
Ceará
100,0
73,1
18,1
8,4
0,5
Pernambuco
100,0
74,2
18,2
7,0
0,5
Bahia
100,0
79,2
13,7
6,6
0,5
Minas Gerais
100,0
72,3
18,4
8,9
0,4
Rio de Janeiro
100,0
74,9
19,4
5,1
0,7
São Paulo
100,0
69,9
21,5
7,6
0,9
Paraná
100,0
71,5
18,8
9,1
0,6
Santa Catarina
100,0
75,4
18,6
5,7
0,2
Rio Grande do Sul
100,0
78,1
14,6
6,6
0,8
Fonte: IBGE, Resultados Preliminares do Universo do Censo Demográfico 2010.
(1) Inclusive os domicílios sem declaração da condição de ocupação.
(2) Inclui os domicílios particulares permanentes ocupados com entrevista realizada e os sem entrevista.
32. De acordo com a metodologia de cálculo da Fundação João Pinheiro a partir
de dados da PNAD/IBGE (2008), o Déficit Habitacional
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no Brasil, nesse ano,
em relação aos domicílios particulares permanentes foi de 9,4%. Os estados
da amostra com maiores déficits habitacionais em relação aos domicílios par-
ticulares permanentes foram respectivamente: Ceará (11,7%); Bahia (11,5%) e
Pernambuco (10,6%). Entre os estados do sul, Santa Catarina foi o que apre-
sentou o maior déficit habitacional (7,2%) (Quadro 10).
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O conceito utilizado está ligado às deficiências do estoque de moradias. Engloba aquelas sem condições de
serem habitadas em razão da precariedade das construções ou do desgaste da estrutura física. Inclui ainda a
necessidade de incremento do estoque em função da coabitação familiar forçada, dos moradores de baixa renda
com dificuldades de pagar aluguel e dos que vivem em casas e apartamentos alugados com grande densidade.
Inclui ainda a moradia em imóveis e locais com fins não residenciais (cf. Déficit Habitacional no Brasil 2008/Minis-
tério das Cidades. Secretaria Nacional de Habitação – Brasília, Ministério das Cidades, 2011. 140 p. Elaboração:
Fundação João Pinheiro, Centro de Estatística e Informações).